Foi inaugurado na última sexta-feira (27), às 11h, o novo Laboratório de Geofísica de Prospecção e Sensoriamento Remoto (LGPSR), com a presença do Reitor Jesualdo Farias e de outras personalidades do mundo acadêmico e profissional.
O Laboratório de Geofísica de Prospecção e Sensoriamento Remoto (LGPSR) originou-se no seio do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Ceará, que iniciou suas atividades em 1969. Inicialmente, esse laboratório voltava-se exclusivamente para pesquisas de Geofísica Aplicada, notadamente a pesquisa de água subterrânea.
Atualmente, o laboratório estendeu suas atividades de pesquisas para as áreas de Sensoriamento Remoto, Integração de Informações Georreferenciadas (SIG), Cartografia Digital e Processamento Digital de Imagens, além da aplicação das técnicas de geofísica de prospecção para contaminação do meio ambiente e, principalmente, aquelas relacionadas aos hidrocarbonetos, avanços de cunhas salinas e outras fontes de contaminação como aterros sanitários e de mineração. Uma importante linha de atuação vem também se consolidando e é relacionada com a indústria do Petróleo e Gás Natural: a pesquisa hidrogeológica, avaliação e modelagem de aquíferos para abastecimentos relacionados com o petróleo pesado. A pesquisa exploratória de áreas onshore através de técnicas elétricas e eletromagnéticas está em fase de expansão, bem como a pesquisa geofísica profunda voltada para os estudos da crosta da terra através de métodos geofísicos magnetotelúricos.
Desde sua consolidação, em 1984, vem desenvolvendo pesquisas geológicas tanto básicas, quanto aplicadas. Tem contribuído para o conhecimento e desenvolvimento de técnicas exploratórias dos recursos hídricos subterrâneos, no conhecimento da mise en place de alguns granitos, rochas alcalinas e quimberlítitos nordestinos, no estudo de técnicas exploratórias de pegmatitos, na adequação de métodos geofísicos, além de ter contribuído para o conhecimento da geologia e da tectônica de várias regiões do Nordeste do Brasil, como nos estados do Piauí e Ceará. O estudo de Bacias Sedimentares através de geofísica regional, modelagem gravimétrica 3D, estudo de estruturas frágeis para reservatórios análogos com técnica de GPR e o estudo de regiões costeiras (dinâmica eólica, cunhas salinas) tem sido, também, objetivo entre as atividades do LGPSR, onde se desenvolvem ainda pesquisas de estruturas circulares relacionadas com corpos meteoríticos e suas crateras de impacto na ampla região da Bacia Sedimentar do Parnaíba.
O LGPSR conta atualmente com uma nova base física de 500m², numa área de 2500m², onde se encontram espaços destinados a pesquisadores, bolsistas, técnicos em geologia e geofísica e equipamentos de geofísica e de informática e espaço para pequenas reuniões, além de uma pequena biblioteca em Geofísica e Sensoriamento Remoto. Neste laboratório funcionou, durante quatro anos, a Divisão Nordeste Setentrional da Sociedade Brasileira de Geofísica.
